Afeto e Solidariedade no Trabalho Escravo Doméstico

Afeto e Solidariedade no Trabalho Escravo Doméstico

Estudo de Caso “Doméstica de Criação

ISBN: 978-65-5509-126-7 AUTOR: Cristiana Barbosa Santana

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Sinopse

Os dados sobre o trabalho escravo apontam que as mulheres praticamente não são escravizadas no Brasil, de modo que é preciso verificar se estão sendo localizados e fiscalizados os núcleos de escravização feminina. O trabalho doméstico pode ser um desses, pois é uma das categorias mais precarizadas, marcada por um recorte de gênero, raça e classe, pela dificuldade de enxergá-lo como efetivo trabalho e, ainda, pela invisibilidade na fiscalização.


Número de Páginas

208


Formato

17x24


Ano de Publicação

2022


Área

Direito do Trabalho


1. INTRODUÇÃO - 15

2. ESTUDO DE CASO - 20

2.1. Metodologia - 20

2.2. O Caso “Menina de Criação” - 24

2.2.1. Considerações iniciais - 24

2.2.2. Narrativa fática - 25

2.2.3. Percepções sobre o caso - 37

3. O TRABALHO DOMÉSTICO NO BRASIL - 41

3.1. Trabalho de Cuidado: distribuição e valor - 41

3.2. Trabalho Doméstico Remunerado: marcadores sociais de gênero, raça e classe - 45

3.2.1. Dados sobre o trabalho doméstico remunerado no Brasil - 45

3.2.2. Gênero, raça e classe social: perfil do trabalho doméstico remunerado no Brasil - 46

3.3. Regulação do Trabalho Doméstico - 51

3.3.1. Breve histórico da legislação sobre trabalho doméstico - 52

3.3.2. Fatores que contribuem para a inferiorização do trabalho doméstico na legislação - 57

3.3.3. Aspectos materiais sobre a caracterização do contrato de trabalho doméstico - 59

3.4. Sindicalização e Luta Coletiva - 61

3.5. Fiscalização do Trabalho Doméstico e a Inviolabilidade do Domicílio - 65

3.6. O Legado da Escravidão e sua Abolição no Trabalho Doméstico - 69

4. ONTEM ESCRAVA, HOJE “DOMÉSTICA DE CRIAÇÃO”: A PRÁTICA SOCIAL DE “CRIAR” EMPREGADAS DOMÉSTICAS - 78

4.1. O Trabalho Infantojuvenil - 78

4.1.1. A proteção especial e prioritária das crianças e dos adolescentes - 78

4.1.2. Regulação e proibição do trabalho infantojuvenil - 80

4.1.3. Estatísticas, definição, causas e consequências do trabalho infantojuvenil - 81

4.1.4. Trabalho infantojuvenil doméstico - 86

4.2. Quem são as “Domésticas de Criação”? - 88

4.3. Origem e Disseminação dessa Prática Social - 94

4.3.1. “Condição de criada”: inexistência de meios de subsistência para as mulheres pobres no pós-abolição - 95

4.3.2. Os discursos higienistas e os “quartinhos de empregada” - 99

4.3.3. Crianças pobres: acolhimento, tutela e contrato de soldada - 102

4.3.4. “Apadrinhamento” com intenção de explorar - 115

4.4. “Domésticas de Criação”: uma questão contemporânea - 117

5. RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO DOMÉSTICO - 128

5.1. “É como se fosse da Família”: a dificuldade de reconhecimento do vínculo trabalhista em face de alegado vínculo familiar - 128

5.1.1. Problematizando a frase “é como se fosse da família” - 128

5.1.2. Noções sobre afeto, afetividade, vínculos relacionais - 120

5.1.3. Filiação socioafetiva e a prática social de criar empregadas domésticas - 133

5.1.4. É possível a coexistência de vínculo de emprego doméstico e familiar? - 140

5.1.5. Uma afetividade “inventada”: máscara da exploração - 142

5.2. Pobreza, Solidariedade e Gratidão: naturalização da exploração - 144

5.3. Trabalho Doméstico avesso às Leis: convivência, pessoalidade e paternalismo - 148

5.4. Possibilidade de Reconhecimento do Vínculo Empregatício - 154

5.4.1. Aspectos processuais sobre o vínculo de trabalho doméstico - 154

5.4.2. A distribuição do ônus da prova no caso das “domésticas de criação” - 157

5.4.3. Algumas jurisprudências a respeito da problemática - 159

6. ESCRAVIDÃO E LIMBO JURÍDICO-SOCIAL - 163

6.1. Trabalho Escravo Contemporâneo - 163

6.1.1. Entre conceitos e disputas - 163

6.1.2. Perfil do trabalho escravo contemporâneo: necessidade de uma reflexão de gênero - 171

6.2. Trabalho Escravo das “Domésticas de Criação” - 175

6.2. Trabalho Escravo das “Domésticas de Criação” - 175

6.3. Um caso reconhecido de Trabalho Escravo de uma “Doméstica de Criação” - 178

6.4. Nem Empregada, Nem da Família - 181

6.5. Uma Abordagem Decolonial: pelo direito de existir - 182

7. CONCLUSÕES - 185

REFERÊNCIAS - 191

LEGISLAÇÃO E JURISPRUDÊNCIA - 203