ASSINATURA INDIVIDUAL COMPLETA
Sinopse
“O Sindicato Reinventado: possibilidades de construção do sindicalismo cosmopolita do século XXI” é um livro contemporâneo, de forte matiz social, que se propõe a discutir o processo de reinvenção do sindicato em busca de um “sindicalismo cosmopolita”, capaz de integrar os múltiplos anseios sociais, no contexto internacional, e de assegurar emancipação econômica, social e política, no contexto individual. Maíra Neiva Gomes, a autora da obra, é uma pesquisadora de perfil resoluto, com expressiva maturidade acadêmica e política. Em seu livro, descortina configurações e matizes do sindicalismo na contemporaneidade, articulando dimensões sociológicas e políticas que aproximam a temática de algumas facetas de dimensão jurídica propriamente dita. Sua formação docente é enriquecida pelo dinamismo de sua atuação política como militante de movimentos sociais. Aliás, essa referência demarca com clareza sua inquietação reflexiva quanto às necessidades de se redefinir o sindicalismo no século XXI, além de também ter se revelado decisiva no processo de estruturação teórica da obra.
Número de Páginas
299
Formato
17x24
Ano de Publicação
2018
Área
Direito Sindical
1 - INTRODUÇÃO - 29
2 - O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO POR VINICIUS DE MORAES - 39
3 - A CONCEPÇÃO DA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA PELO TRABALHADOR E AS BASES ECONÔMICAS DO CAPITALISMO - 43
3.1 O trabalhador enquanto agente histórico - 43
3.2 A narrativa do Direito do Trabalho - 47
3.3 Breve historiografia da organização do trabalho humano - 50
3.3.1 Do “estado selvagem” à escravidão - 51
3.3.2 Nas entranhas do feudalismo gesta-se o capitalismo - 55
3.3.3 Antes manufatureiro, agora industrial - 61
4 - O NOVO VALOR FILOSÓFICO DO TRABALHO PROPICIA A TRANSFORMAÇÃO DA “CLASSE - EM - SI” EM “CLASSE – PARA - SI” - 67
4.1 Esperança e dor: o valor-trabalho na Antiguidade - 68
4.1.1 O trabalho como instrumento de purificação: o pensamento de Zoroastra e dos hebraicos - 68
4.1.2 Atividade ou contemplação: qual o valor filosófico supremo para os gregos e os romanos? - 70
4.2 O cristianismo e o novo significado do valor-trabalho - 72
4.2.1 O trabalho dos humildes e a purificação da alma no cristianismo primitivo - 73
4.2.2 O trabalho e a providência divina na Idade Média - 73
4.3 O florescimento do comércio e o valor-trabalho - 76
4.3.1 O homem e o domínio da natureza: o trabalho como essência no Renascimento - 76
4.3.2 A reforma protestante e o capitalismo - 77
4.3.3 O século XVIII e a elevação do trabalho a valor extremo: o progresso iluminista e a unidade prática teórica do idealismo - 79
4.4 O trabalho como valor essencial do “Estado Ético” hegeliano - 80
4.4.1 A formação do “Espírito Absoluto” - 80
4.4.2 A dialética do reconhecimento: o trabalho e o “reconhecimento recíproco” - 82
4.4.3 Trabalho social e a construção do “Estado Ético” - 84
4.5 O trabalho no pensamento marxiano - 86
4.5.1 Breves apontamentos sobre a filosofia marxiana - 86
4.5.2 Trabalho: essência humana e fonte de estranhamento - 88
4.5.3 Transformação da “classe-em-si” em “classe-para-si” - 91
5 - O CAPITALISMO INDUSTRIAL FORJA A CLASSE OPERÁRIA - 95
5.1 A perda do antigo modo de vida dos trabalhadores na primeira fase do capitalismo industrial - 96
5.1.1 O artesão urbano cede o lugar ao assalariado - 97
5.1.2 A decadência do tecelão - 98
5.1.3 A transformação de camponeses e irlandeses em proletários - 99
5.2 Primeiras influências sobre o movimento operário - 100
5.2.1 A influência religiosa - 101
5.2.2 A influência dos ideais da Revolução Francesa no movimento operário - 102
5.3 A economia “moral” dos trabalhadores e as formas de resistência - 106
5.3.1 Os tecidos de General Ludd - 107
5.3.2 A imprensa operária e o amadurecimento da consciência de classe - 110
5.3.3 Contribuições da utopia owenista ao movimento sindical nascente - 112
5.3.4 A Carta do Povo - 114
5.4 Os primórdios do sindicalismo norte-americano: notas esclarecedoras - 116
6 - RELAÇÃO DE MIMETISMO ENTRE CAPITAL E TRABALHO: FORMAÇÃO DO “PACTO FORDISTA” - 121
6.1 Breves apontamentos sobre a segunda etapa da revolução industrial - 122
6.2 Sistema taylorista/fordista de produção - 122
6.2.1 A separação entre planejamento e execução do trabalho idealizada por Taylor - 123
6.2.2 A indústria verticalizada de Ford - 126
6.3 Proletários de todos os países, uni-vos...para reformar o capitalismo? - 129
6.4 O New Deal e o estabelecimento de uma nova relação entre capital, trabalho e Estado: a formação do “pacto fordista” - 133
6.5 A substituição da “mão invisível” do mercado pela “mão estatal keynesiana”: o debate econômico modela o “pacto fordista” - 136
6.5.1 A teoria econômica neoclássica - 137
6.5.2 A teoria econômica de John Maynard Keynes - 139
6.5.3 Adoção das políticas públicas keynesianas: planejamento econômico capitalista - 141
6.6 Igualdade, liberdade, Estado de Bem-Estar Social e o Direito do Trabalho - 143
6.7 O taylorismo/fordismo nos sindicatos e no Direito do Trabalho - 146
7 - TUDO QUE É SÓLIDO SE DESMANCHA NO AR: A CONTESTAÇÃO DO “PACTO FORDISTA” PELOS MOVIMENTOS SOCIAIS - 149
7.1 Os “anos dourados” do capitalismo - 151
7.2 O panorama social e cultural dos “anos dourados” do capitalismo - 153
7.3 O inconformismo contesta o “pacto fordista”: os movimentos sociais de 1968 - 158
7.4 Um breve passeio pelos movimentos sociais de 1968 - 163
7.4.1 Afirmação racial, a música e os Black Panters - 163
7.4.2 A contracultura Hippie - 165
7.4.3 Os motores do punk - 165
7.4.4 Maio quente francês - 166
7.4.5 Primavera de Praga - 167
7.4.6 O “novo feminismo” e a revolução sexual. - 167
7.5 Os trabalhadores e as conquistas de 1968 - 168
7.5.1 O operaísmo e o Estatuto do Trabalhador Italiano - 168
7.5.2 O “controle social” da indústria e o maio quente francês - 169
7.5.3 O nascimento do “novo sindicalismo” brasileiro - 171
7.6 Lições de 1968: a rejeição da autoridade hierárquica - 172
8 - NEOLIBERALISMO, REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA E O ESTABELECIMENTO DE UM NOVO PADRÃO SOCIAL - 175
8.1 O estabelecimento de um novo padrão de consumo: as revelações da moda - 177
8.2 O fim da estabilidade econômica dos “anos dourados” - 181
8.3 O pensamento neoliberal e a política de destruição dos direitos sociais - 183
8.4 A reestruturação produtiva: os impactos do pós-fordismo na organização do trabalho - 186
8.4.1 A experiência japonesa: toyotismo - 186
8.4.1.1 “Autonomação”: a polivalência ou multifuncionalidade do trabalhador - 187
8.4.1.2 Just in time: o estoque flexível - 188
8.4.1.3 Kanban: células de produção - 189
8.4.1.4 Controle rígido da produção pelos próprios trabalhadores e a quebra da solidariedade - 190
8.4.1.5 Kaizen, CQT, treinamento institucional e outros métodos de abandono do coletivismo operário e interiorização dos ideais da empresa - 192
8.4.2 Breves Considerações sobre a “Terceira Itália” e o GSA sueco - 193
8.4.3 A fábrica “enxuta” e a terceirização - 195
8.4.4 A remuneração flexível - 199
8.5 Os efeitos do pós-fordismo - 203
8.6 A transformação da classe trabalhadora - 206
8.7 A crise do sindicalismo e o mundo dos possíveis - 210
9 - OS SENTIDOS POSSÍVEIS DA GLOBALIZAÇÃO: DOMINAÇÃO FINANCEIRA X NOVO INTERNACIONALISMO OPERÁRIO - 215
9.1 A globalização financeira e a construção dos blocos comunitários - 216
9.2 A dominação mundial do capital financeiro - 218
9.3 Óh pátria amada... para quem? - 220
9.4 A divisão internacional do trabalho como elemento do capitalismo - 225
9.4.1 Fases da divisão internacional do trabalho - 227
9.5 Os possíveis sentidos da globalização - 233
9.6 A organização dos trabalhadores no século XXI: redes internacionais sindicais - 237
9.6.1 As redes internacionais sindicais dos trabalhadores do ramo financeiro - 240
9.6.2 As redes internacionais sindicais dos trabalhadores metalúrgicos - 242
9.7 Possibilidades para o internacionalismo operário no século XXI - 246
10 - O COSMOPOLISMO OPERÁRIO DO SÉCULO XXI - 253
10.1 Os obstáculos ao internacionalismo operário - 254
10.2 O sindicalismo entre o coletivo, o individual e o múltiplo - 259
10.3 O capitalismo e a subjetividade do indivíduo trabalhador - 260
10.3.1 A sociedade disciplinar e a organização taylorista/fordista - 261
10.3.2 O “Império”, a “sociedade de controle” e o trabalho “imaterial” - 264
10.4 A constituição da resistência da multidão - 266
10.4.1 A potencialidade da multidão - 268
10.5 Perspectivas para a construção do sindicalismo cosmopolita - 273
11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS - 277
Referências Bibliográficas - 283