A Mediação - Michèle Guillaume – Hofnung

A Mediação - Michèle Guillaume – Hofnung

ISBN: 978-85-9471-053-6 AUTOR: Michèle Guillaume –Hofnung

LIVRO IMPRESSO R$ 75.00

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Sinopse

Este livro, para além de atravessar os mares, faz parte da travessia de um tempo em que a Mediação, pela Lei 13.140, de 2015, no Brasil se aporta. Transportar estas letras, traz, em seu sentido, editar um dizer, dar voz à palavra, função primeira da Mediação. Vivemos um tempo no qual o homem está em rede, integra uma sociedade digital e, com seu imediatismo, é refém do imediato, permeado pela fluidez das relações e fragilidade dos laços sociais, sem se dar conta ou escutar o caos que há em si. Tempo em que a palavra escassa perde lugar para os símbolos. E, no silêncio imperante, frente à carência da palavra, recorre-se à mediação. No entanto no desejo de fazer acontecer, no primado da urgência prática, arrisca-se negligenciar e suplantar o rigor necessário. Michèle Guillaume aponta duas síndromes que atingem nossos contemporâneos quando abordam a mediação. A síndrome de M. Jourdain, quando pensam fazer mediação, sem saber fazê-la, e a "síndrome do mediador natural", aquele que se sente mediador de forma inata. Diante disso, a Mediação requer, com urgência, definir com precisão, seu campo teórico, conceito terminológico e fundamentação. Urge, também, abordar a problemática de sua inserção institucional na sociedade. Apontar e indicar como reduzir estes riscos são aportes preciosos que este livro nos traz. De modo visionário, a autora diz: “O vínculo social nunca é fabricado de forma binária, imediatamente. Ele passa pela mediação de um terceiro elemento, pelo objeto, pelo ser e pelo mediador por excelência: a linguagem. Essas mediações ocorrem diariamente, na maioria das vezes sem que as percebamos. É quando elas deixam de se reproduzir que temos a intuição de sua existência”. Com isso, ao apontar a mediação como construtor de laços, descortina o olhar voltado para a falta, desvelando porque a mediação do conflito, mascara a mediação do direito comum. Portanto, além de nos trazer a possibilidade de uma formação consistente enquanto mediadores, este livro nos ajuda no principal desafio deste século: entendermos que o homem contemporâneo precisa ter o sentido de laço reinventado.


Número de Páginas

148


Formato

17x24


Ano de Publicação

2018


Área

Direito do trabalho


INTRODUÇÃO. - 9

Capítulo I - A FENOMENOLOGIA DA MEDIAÇÃO O DESENVOLVIMENTO DA MEDIAÇÃO NO ESTRANGEIRO - 15

I. – O desenvolvimento da mediação na América do Norte - 15

1. A mediação nos Estados Unidos - 15

2. A mediação familiar na Ámerica do Norte - 17

3. Mediação Estruturada em Acordo de Divórcio (1978). (N. do T.) - 18

4. O desenvolvimento da mediação na Europa - 19

II. – A mediação no campo internacional - 23

1. O direito internacional - 23

2. Dentro da União Europeia - 27

Capítulo II - AS PRÁTICAS DA MEDIAÇÃO NA FRANÇA - 29

I. - A mediação familiar - 29

1. O Conselho Consultivo Nacional de Mediação Familiar - 29

2. A definição da Mediação Familiar - 30

3. Os princípios éticos - 31

II - A mediação de coesão social - 34

1. Definição - 34

2. Panorama - 35

III. – A mediação do Trabalho - 39

1. Generalidades - 39

2. Ilustrações - 40

IV - A mediação pública - 42

1. O Mediador da República - 43

2. Iniciativas de mediação no setor público - 43

V. A mediação no setor empresarial - 47

1. No domínio das dificuldades contratuais - 48

2. A mediação intra-empresa - 52

VI. A mediação no campo da saúde - 53

1. A mediação refém da conciliação e dos financiadores da indenização por lesões relacionadas aos cuidados - 54

2. Uma realidade mais rica - 55

VII. No campo político - 57

Capítulo III - TENTATIVA DE CLARIFICAÇÃO: A MEDIAÇÃO E OS MODOS DE SOLUÇÃO NÃO JUDICIAL DE LITÍGIOS - 61

I. Configurações claras - 62

1. Conciliação entre indivíduos - 62

2. Conciliação espontânea no domínio penal - 67

II. Modos não-jurisdicionais de resolução de conflitos em direito público - 69

1. Panorama geral - 70

2. A mediação em direito público - 71

III. A nebulosa mediação-conciliação - 73

1. A mediação judicial - 73

2. A mediação penal - 74

IV. Conclusões da primeira parte - 77

SEGUNDA PAR TE - ESBOÇO DE UMA TEORIA DA MEDIAÇÃO - 79

Capítulo I - DEFINIÇÃO E NATUREZA DA MEDIAÇÃO - 81

I. Definição - 81

1. A unidade fundamental da mediação - 81

2. Definição global - 84

3. Os critérios da mediação - 85

4. A autonomia conceitual da mediação - 91

II. A natureza da mediação - 97

1. Os índices - 97

2. Hipóteses sobre a natureza da mediação: entre ato e ação - 102

Capítulo II - AS REFERÊNCIAS DA MEDIAÇÃO - 107

I. Filosofia da mediação - 107

1. O sentido de complexidade - 107

2. A superioridade da reflexão ternária - 108

II. As referências morais da mediação - 109

1. A ética da comunicação - 110

2. A moral pós-moderna - 111

3. O valor positivo dos conflitos - 112

III. As referências jurídicas e políticas da mediação - 114

1. Direitos e deveres do homem - 114

2. Referências políticas - 115

Capítulo III - O REGIME JURÍDICO DA MEDIAÇÃO - 117

I. Direito e mediação - 118

1. O Respeito do direito pela mediação - 118

2. O possível impacto da mediação no direito - 120

3. Outras observações - 121

II. Os regimes jurídicos da mediação - 122

1. O regime jurídico da mediação “judicial” - 123

2. As instituições específicas da mediação - 125

Capítulo IV - OS PERIGOS DA MEDIAÇÃO - 129

I. Panorama geral - 129

1. Os perigos e os seus motivos - 129

2. Os índices de evolução - 130

II. Um exemplo de um perigo de dois sentidos, a relação entre justiça e mediação - 131

1. As diferenças de regime devem corresponder às diferenças de natureza - 132

2. Tais diferenças impõem um tipo específico de relação - 134

3. Os perigos do desrespeito mútuo - 135

III. Um outro perigo, a mediação de assistência pública - 136

1. O perigo de desnaturação - 137

2. Os falsos benefícios - 138

3. Os perigos para as autoridades públicas - 138

IV. Os perigos de um quadro jurídico inadequado - 139

1. A institucionalização da mediação em um quadro associativo simples - 140

2. A institucionalização no quadro de uma associação com legitimidade reforçada pelas autoridades públicas - 141

3. A ordem profissional - 141

4. A regulamentação da mediação por uma autoridade administrativa independente (AAI) - 142

5. A institucionalização da mediação - 143

CONCLUSÃO - 147